Cabasse na busca da musicalidade.

Cabasse quando fez a sua reputação no mercado francês teve dois grandes marcos:
O desenvolvimento de um novo material para os cones de alto-falantes e pesquisa na redução da distorção que estes materiais provocavam. Do ponto de vista musical, eu particularmente entendo que o termo distorção não tem unicamente uma conotação negativa (somente neste casos, bem entendido). Em eletrônica e áudio a expressão "distorção harmônica", termo bastante utilizado até hoje, onde vale colocar uma ressalva. Porque harmônica? A distorção pode muitas vezes ser aceita por nossos ouvidos como uma variante do som original e que musicalmente não agrido o nosso senso estético. A distorção como desvio pode ser considerado "coloração". Este termo já é comum em alguns textos ao descrever a avaliação subjetiva (ou sensorial?) de caixas acústicas.

Votando a Cabasse e o design de caixas acústicas que merecem o título VINTAGE, posso citar no mínimo duas linhas ou vertentes do antigo a sedutor som das caixas Cabasse quando eram reconhecidas como crias de monsieur (Georges) Cabasse. As Rolls Royce das caixas acústicas. Hoje Cabasse uma empresa do grupo Canon tem suas decisões divididas entre Tokyo e Brest (França), onde fica o centro de desenvolvimento de produtos. Cabasse é também um renomado centro de pesquisa em acústica e eletrônica aplicada em processadores e software como drivers de áudio da tecnologia mais avançada sobre o conceito do seu fundador George e seu seguidor e filho Christophe Cabasse. Christophe cresceu na fábrica e teve do lado a familia (madame Elisabeth e o itmão Olivier). Hoje Christophe está indiretamente relacionado com o marketing da empresa mas certamente é o melhor interlocutor da lendária criadora da Rolls mais musical do mundo. Um amigo me contou que uma Rolls significa ao seu proprietário uma garantia de qualidade vitalícia. Cabasse por um bom tempo defendeu e honrou o mesmo princípio. Hoje não mais possível ser um felizardo deste life time after sales service (sem custo ou preocupações). É verdade que tudo isso tem um preço. Cabasse tem uma tradição e reputação que supera o que pode ser facilmente numa relação fria tipo custo/benefício. Cabasse pode ser uma novidade para os que buscam qualidade e musicalidade. Cabasse é uma certeza para que já foi procurar e está foltando com uma certeza em mente: a experiência vivida de um produto surprendentemente competente e que eterniza a leitura e re-leitura dos seus arquivos de áudio (para ser no mínimo contemporâneo, a expressão correta é arquivo digital, já que este pode ser lido, baixado, compartilhado num mundo livre e honesto). CD e DVD são apenas suportes, embalagens com um certo charme reconheço; mas este é outro assunto.

Workshop Cabasse no Rio

Boa tarde a todos.

Foi uma experiência memorável o encontro na High End/Definitive no Rio. Legal mesmo foi o entusiasmo de todos. Alguns bem novos (de idade) mas nada novatos na percepção da qualidade e proposta da Cabasse. Confirmamos definitivamente que o slogan "Expirienced?" da Cabasse foi colocado em prática. Sem complicações ou frescuras porque não acredito em complicações. Porque não? Um produto de qualidade que sempre foi alvo de empresas inovadoras e criativas tem os seus atributos facilmente perceptíveis, sem forçar a barra. Do que se trata afinal? Verificamos junto com a equipe da High End (12 especialistas?) que podemos reconhecer facilmente até mesmo na familia de produtos Cabasse o refinamento da qualidade e identidade sonora em configurações muito simples. Para mim e mais dois ou tres de cabelo branco, foi o resgate da emoção ao ouvir a energia e pulsação de uma pequena e valente caixa bookshelf em dois modelos (linha MT3 e linha MT4). Sem mesmo avançar para configurações multicanal, o palco sonoro, a intensidade e o recorte fizeram da dinâmica rica e espaçosa, a vedadeira estrela do show com apenas um par de caixas bookshelf.

A formato do curso e a apostila inovaram na técnica das oficinas mesmo que simples no seu conceito.

É uma regra que sempre defendo: Começar simples para compreender cada passo no processo de preparo e apresentação dos produtos que o especialista irá vender. Nada de enfeites tecnológicos antes de entender e reconhecer suas verdadeiras funções: quando, como e porque. Explico: porque utilizar um DSP (jazz, rock, podium, stadium, church ou funeral) antes de valorizar cada função a partir da real necessidade? Não é necessário enfeitar antes de entender e justificar os ajustes tonais como correções necessárias ou agradáveis.

Caros amigos, blog é isso. O que vem na cabeça é postado. Amanhã é outro dia; podemos rever e re-considerar todo que escrevi acima. Vou copiar um pequeno vídeo tirado na sexta feira dia 12 com meu celular.

Abraços

Discutindo sobre o palco sonoro e da belíssima interpretação de Madeleine Peyrous...uma bela dupla made in France.

Workshop Cabasse para revendas credenciadas

(Experimentar!)

Sobre o set-up (forma como um sistema será preparado; antes da avaliação do desenpenho funcional)

Antes de chegar à demonstração, o preparo do equipamento e o local de escuta segue critérios e avaliações. O set-up não começa apenas com o ajuste da eletrônica. mas sim com as possibilidades de otimização de tudo que envolve e se relaciona com uma demonstração competente. É claro que pelas características musicais dos produtos Cabasse, uma escolha correta de mídias, ou conteúdo, se proporciona uma "experiência". Para seguir o novo slogan da Cabasse (Experienced?), vendedores, consultores e cliente devem compartilhar a experiência de reconhecer e apreciar a identidade e qualidade dos produtos Cabasse. O treinamento, mais interativo do que expositivo, trata do desenvolvimento de atitudes no conhecimento necessário e na estrutura de cada revenda credenciada e capacitada pela Disac.

Na sequencia e em dois grupos (set up e mídias) a apresentação dos produtos Cabasse é feita a partir do treinamento, objeto deste espaço na web. Os posts abaixo deste abordam assuntos relacionados enriquecendo de informações para cada participante deste curso. A duração do curso é de 8 horas com dois coffe breaks e intervalo para almoço. Cada participante, na conclusão do curso fará seus comentários e suas contribuições serão registradas na web neste mesmo espaço fechado apenas para leitores autorizados. Bom trabalho!!

TÓPICOS DO TREINAMENTO SET-UP

A- A sala (ouvir o cliente; reconhecer cada aplicação antes de desenvolver o desenho de cada solução Cabasse)

1- Dimensões
É muito importante definir padrões de desempenho a partir das dimensões das salas. Uma dica é diferenciar a sala pequena da maior em função do desempenho de áudio nas frequências baixas (graves) evitando a utilização de recursos caros em tratamento acústico corretivo. Salas maiores podem ser definidas a partir de 25 metros quadrados. O tamanho recomendado portanto é 4x6m.

2- Geometria
Observando a área, formatos irregulares não necessariamente impedem o bom desempenho em áudio. Caixas acústicas frontais e tela podem ser montadas em alinhamento horizontal ou vertical; a escolha pode ser considerada em função do tamanho da tela: para telas menores, prefira o posicionamento horizontal. Em qualquer situação meia luz ou sala escura são recomendações inevitáveis para cinema. Outra dica é evitar paredes paralelas. Observe salas de concerto salas de cinema; é uma boa inspiração.

3- Pé direito
Quanto mais alto melhor; se for irregular, os cuidados serão relacionados às possíveis reflexões das ondas sonoras. Consulte literatura a respeito para cuidados e correções.

4- Tratamento de superfícies
A regra em acústica é observar as relações com a "musicalidade" de cada sala. Pode parecer simplório mas não é! Existem diferenças essenciais entre a sala de monitoramento (estúdio) e a sala de audição (acústica confortável, adequada). Na questão das superfícies das salas, considere os seguintes tópicos:

- Reflexão
O som refletido é comum tanto em salas residenciais como em salas de cinema ou concerto. A intenção é buscar um "brilho", mesmo que artificial para a faixa de frequência da fala, reforçando a percepção mas sem comprometer a inteligibilidade. Um dos eventuais problemas do som refletido está diretamente relacionado com a técnica de contrução das caixas acústicas. Me explico: em função do espectro sonoro e dos pontos de difusão do som (alto falantes) a multiplicidade no posicionamento da fonte de som (quantidade de alto falantes; geralmente desde 4 até 11 ou mais) cria uma mesma multiplicidade de sons refletidos. Cada sequência de sons refletidos tem suas características no tempo e no espaço. A diferença de percepção no tempo cria uma distorção do som original que pode ser definido como "deslocamento"; o efeito deste deslocamento é ténicamente reduzido por uma técnica no desenho das caixas acústicas Cabasse comum em todos os modelos em formato de esfera; também reconhecido e ajustado nos demais modelos. Literatura técnica pode ser disponibilizada para os leitores deste blog.

- Absorção
A absorção é necessária para evitar resonancias que descaracteriza qualquer informação sonora. Antes mesmo das técnicas de registro e reprodução da informação sonora, técnicas são desenvolvidas para buscar um equilíbrio e conforto acústico. Tecidos, tapetes, e filtros atuantes em frequencias específicas (dutos de Helmoltz) São algumas das aplicações para esta finalidade.

- Difusão
A difusão pode ser caracterizada como uma desordem na direção das reflexões das ondas sonoras; isto provoca uma atenuação sem a perda considerável de energia acústica quando se aplica a abosrção.

- Ondas estacionárias ou ressonâncias.
As ondas estacionárias estão relacionadas com as ressonâncias das salas em frequências baixas. Estas ondas podem provocar importantes variações na intensidade da percepção acústica. Nestes casos a percepção da intensidade dos sons graves se modifica consideravelmente as se deslocar na sala.


5- Portas e janelas

Portas e janelas podem perfeitamente conviver com a arquitetura da sala onde o sistema será montado, considerando neste caso o que interessa: Iluminação e conforto acústico. A cada janela por exemplo, se pressupõe uma cortina, fechada durante o uso, ou visualização de filmes ou musicais. Janelas e cortinas permite prever situações distintas na acústica e luminosidade da sala. Procure se conscientizar e portas e janelas não sempre são obstáculo para um bom resultado funcional; ao contrário!


B- O conceito Cabasse (argumentar com o cliente sobre o conceito e o diferencial)


1- Alto falantes concêntricos

Sempre com equipamento eletrônico (cujo último elo é a caixa acústica) ouvimos som direto e som refletido; sempre! Cabasse tem uma consideração única em relação ao som refletido. Porque?

O som refletido somado ao som direto, o que a percepção de qualquer pessoa, pode ter atributos qualitativos distintos em função de uma realidade física que descrevo abaixo:

1- Toda fonte sonora se manifesta como um fenômeno no tempo e no espaço. A sensação de realismo está relacionada à informação original percebida na sua integridade a partir dos mecanismos de regirtro (gravação) e reprodução

2- Coerência espacial

A coerencia espacial está diretamente relacionada com a resultante do som direto (percebido) somado ao som refletido. Em função das técnicas construtivas do transdutor sonoro (alto falante) diferenças em deslocamento de fase (especialmete no espectro médios e agudos) são pecebidas como considerável distorção da imagem sonora. A distorção por deslocamento de fase é reduzida a zero se:

2.1 O som emitido da fonte original é originado a partir de um único ponto no espaço.
2.2 Uma correção é feita em caso de transdutores múltiplos (mais de um alto falante) no domínio do tempo (fase).
2.3 Toda fonte sonora é emitida por um único ponto no espaço onde mais que um transdutor estão físicamente e mecânicamente alinhados em único ponto. Utilizamos a expressão "concêntrico". Esta é a solução técnicamente correta que permite à maioria dos modelos da Cabasse um desempenho superior em imagem sonora sem a necessidade de tratamentos nas superficies das paredes adjacentes ou a utilização de circuitos corretores no domínio digital (geramente tão complexos quanto onerosos).

(Reconhecer os efeitos do alinhamento em fase. Os esquemas demontram de forma gráfica a resultante dos emissores físicamente alinhados ou não.)

C- Formas no processo construtivo das caixas (conhecer)

1- Esferas e Reflexões
Um design com as reconhecidas formas da Cabasse que por sua vês são reconhecidas como ideais para gabinetes de caixas acústicas desde os anos 1930.



2- Gabinetes e Neutralidade
Cada gabinete bem desenhado é complemento do alto falante. Os parâmetros elétricos e mecânicos de qualquer alto falante moderno permitem otimizar o desempenho e a construção de um bom gabinete quando prima pela neutralidade.
Soluções com design tradicional ofercem identidade e melhor solução custo benefício. A tradição das caixas bookshelf e torre é regra para qualquer fabricante de caixas acústicas. Cabasse com a maioria dos modelos de design tradicional oferecem uma idendidade muito musical. Note que o ponto de corte (crossover) para os modelos Cabasse é mais baixo que os produtos semelhantes da concorrência: diferença fundamental na musicalidade das caixas Cabasse.

3- Timbre e Distorções
Como se sabe na linguagem musical, o timbre tem na sua identidade uma mescla de harmônicos somados ao som da ferequencia fundamental. Pequensa distorções quase imperceptíveis se confundem com certa "musicalidade" não presente na mensagem sonora. Na utilizaçõa de materiais distintos, nos cones dos seus alto falante, em cada linha de produtos. A Cabasse oferece a mais baixa distorção em qualquer um dos produtos a patir da linha MT4 e iO2.


D- Posicionamento em acordo com as orientações técnicas (apresentar)

1- Sobre móvel
Pequenas esferas e bookshelf podem ser montadas sobre móvel. A esferas não devem ser montadas em nichos ou no teto (exessão para caixas surround, para embutir).

2- No chão
Caixas torre ou satélite/bookshelf sobre pedestal oferecem SEMPRE um desempenho superior. Mantenha uma distância mínma de 90 cm entre o centro das caixas e paredes laterais.

3- Sobre parede
Melhor aplicação para caixas surround.

4- Embutido
Recomendado apenas para cinema. Evite esta opção em sistemas high end ou hifi.,


Sobre o Guia de mídia (Função)

A mídia como suporte de conteúdo orienta a demonstração em etapasa, o que valoriza e torna compreensivel qualquer configuração de hardware. A partir da mensagem sonora e/ou do programa musical, se reconhecem as possibilidades de desempenho e variantes possíveis. Os tópicos abaixo são considerados para finalmente obter uma boa apresentação, experiência a ser "estampada" o "impressa" na memória do cliente.

A lado direito deste blog recomendamos 2 DVDs (musicais) e 2CDs (um clássico e outro, jazz) com descrições e dicas para uma demonstração competente. Um terceiro DVD (filmes) será apresentado e comentado e cada treinamento.


TÓPICOS DO TREINAMENTO GUIA DE MÍDIA


A- Recuperando o evento musical ou sonoro (ouvir)

1- Voz
2- Cordas
3- Dinâmica (efeitos inclusive)
4- Imagem e palco (relevo)
5- Ambientação

B- Técnicas de reprodução da mensagem sonora (argumentar)

1- Mono
2- Estéreo
3- Edição e digitalização
4- Resolução: Compactação e desempenho

C- Qualidade Cabasse e realismo musical (conhecer)

1- Primórdios
2- Alta fidelidade
3- Alta definição

D- Experiença Cabasse (apresentar)

1- Uma demonstração competente
2- A imagem do som
3- O som da imagem

Preâmbulo sobre tecnologia aplicada em cinema e música

Design e Tecnologia

Tradição no high end.

No Cinema desde os primórdios do CinemaScope.

Cabasse na sala de cinema: Grand Rex em Paris, 2750 lugares

Som e imagens reproduzidos na sua casa a partir de uma mídia tem no backstage a tecnologia. Esta mesma tecnologia é utilizada como ferramenta pelos especialistas em tornar coerente e competente um evento áudio visual tal como é reconhecido nos dias de hoje, desde o surgimento das técnicas de gravação de som e imagem.

A expressão "áudio visual" é muito abrangente e neste caso ela está relacionada com desempenho técnico associado com percepção e estilo de vida. O estilo de vida, relacionados com cultura a cada comunidade suas raízes e características próprias.

Considerando o atual avanço da tecnologia que trata do registro, armazenamento de difusão de programas de áudio e vídeo, é pertinente considerar aspectos que relacionam cultura à tecnologia e todo o histórico do desenvolvimento técnico.

Como este espaço tem uma dedicação clara em áudio, alguns fundamentos básicos são apresentados neste preâmbulo.

1- Intensidade e potência sonora de instrumentos musicais.
2- Fonte sonora isotrópica.
3- A escala musical dinâmica.


Técnicas de demonstração.

São consequentes do perfil da empresa e da capacitação da equipe constantemente em desenvolvimento. Neste módulo se formata o objetivo final do treinamento estabelecendo uma base para acompanhamento e re-ciclagem garantindo os objetivos traçados como capacitação contínua. É muito importante identificar os aspectos práticos adquiridos e os que devem ser desenvolvidos nesta sessão do treinamento.
C-1 O conteúdo de uma demonstração; o ambiente, o ritual, as mídias, o timing cada qual é considerado como parte de um roteiro.
C-2 O exercício da demonstração como experiência prática.
C-3 O fechamento do treinamento como primeira fase, técnicas de acompanhamento e consultoria via web (por parte de SD) e métodos de avaliação dos conhecimentos adquiridos.

Desempenho das caixas acústicas

B-1 As referências em qualidade sonora associadas ao hardware, conteúdo e orçamento. Como identifica-las? O som é uma questão de gosto? Qual o papel do design na escolha do cliente?
B-2 Sobre os conhecimentos técnicos como parâmetro básico prevendo antecipadamente os resultados de uma proposta adequada; como se definem?
B-3 As limitações e possibilidades no desenho de um sistema em função do local de instalação, decoração,automação e orçamentos; como definir para uma operação comercial, modelos práticos?


Expectativas na busca de produtos e serviços

A-2.1 Quais são os momentos da decisão de compra os parâmetros que movimentam o cliente?
A-2.2 Como definir o atendimento como sendo adequado às expectativas?
A-2.3 Como reconhecer a percepção do cliente quanto às possibilidades de desenvolvimento comercial identificados pelo vendedor?


Formas, funções, aplicações e identidade.

Um parâmetro muito importante na concepção da caixa acústica é reconhecer que sua função está diretamente relacionada a arquitetura e características técnicas do alto falante. Uma caixa acústica "viabiliza" o alto falante; jamais o contrário. O alto falante em si foi desenhado para desempenhar de forma semelhante (análoga) aos instrumentos musicais cujas vibrações movimentam partículas do ar. O formato do conjunto (alto falante + caixa acústica) está relacionado com desempenho e neutralidade.

A função relacionada com neutralidade

Diferente dos instrumentos musicais que tem na sua identidade sonora, determinado timbre; o alto falante prima pela neutralidade. O seu desempenho está relacionado de forma "passiva" ao instrumento musical. A caixa acústica repete a informação sonora como sendo a sua verdadeira função, sem agregar ou subtrair informações sonoras.

As formas relacionadas com histórico e estilo

Em dois grandes grupos podemos distinguir as formas de caixas acústicas. Como qualquer produto industrializado ou fabricado em pequena escala, as caixas acústicas seguem o critério tradicional: clássico, (ou tradicional) e moderno (ou re-desenhado, Design). As formas clássicas em caixas acústicas defendem a tradição iniciada nos anos sessenta. A Alta fidelidade. Duas formas caraterizam claramente o que pode ser identificado como um clássico:
Bookshelf (de prateleira) e Torre (Floordstanding, sobre o chão). Estas duas formas hoje remontam à tradição das caixas acústicas Hi-Fi.

Exemplos práticos

Abaixo estão 3 exemplos que respondem aos estilos e formas que podem ser reconhecidos como "clássicos". As formas e desenhos (exceto a última foto que ilustra um subwoofer) lembram e remontam aos anos sessenta. Estas formas desde o advento da stereofonia fazem destes produtos uma referência na mente dos consumidores. Como característica principal, os dois primeiros modelos retratam respectivamente duas soluções:

O modelo torre que atende grandes ambientes, acima de 25 metros quadrados de área.
O modelo bookshelf, que atente ambientes menores, ou soluções de mais baixo custo.

O subwoofer, desenhado originalmente no final dos anos setenta, para reproduzir áudio para trilhas sonoras de filmes, vem complementar os dois modelos anteriores.

Onde está a Cabasse e seu papel na tecnologia? Ora...no cinema!!!

Definitivamente a idéia de dissociar áudio de vídeo está na cabeça de alguns audiófilos (o que é isso? audiófilo???) que pretendem substituir a imagem por imaginação. Vivemos um mundo de imagem desde a pré-história. Antes mesmo da escrita, vivemos uma realidade bi-dimendional. Nas grutas de Lascaux, foram traçadas as primeiras expressões em imagens talhadas na pedra.

Minha opinião

Goerges Cabasse, fundador da empresa, no início da carreira, como assistente de áudio do realizador e diretor de cinema René Clair faz suas primeiras incursões como técnico à serviço dos artistas. Amante de música clássica, Georges não é audiófilo; portanto esta é a melhor das premissas para compreender que a arte da música não implica em idéias pré-concebidas por técnicos que quase vestem uma camisa de força para explicar de outra forma (enganosa) a sua paixão por máquinas e equipamentos; com poucas exeções e com orçamentos modestos (abaixo de USD 60 mil) se consegue um excelente desempenho em áudio.
Acima deste valor é luxo.

Aderir ao mundo atual é reconhecer que os artistas, desde o começo do século 20 apreciam e entendem música como jamais foi feito antes da chegada dos gravadores e reprodutores da mensagem sonora, isto é no começo do século 20.


Cabasse no cinema. Construção da Géode

A Géode se constitue de um imóvel separado atrás da Cidade das sciencias e da indústria. Cité des sciences et de l'industrie. ë uma esfera de 36 metros de diâmetro, composta de 6 433 triângulos esféricos equilaterais (triangles sphériques ) em aço, que refletem a luz quase da mesma maneira que um espelho. Sua construção e implementação custaram 130 milhões de francos (em torno de 26 milhões de Euros).

Sala de cinema La Géode

Os filmes são projetados no formato IMAX sobre uma tela hemisférica gigante de 26 m de diâmetro e de 1.000 m² de superfície. A Géode foi sonorizada por Cabasse e conta com doze pontos de difusão do som, e mais quatro alto falantes de sub-graves (subwoofer) de 55 cm de diâmetro; ao total um sistema de 21.000 watts de potência. Os filmes projetados duram aproximadamente uma hora.

Projetos específicos

Além da sua atividade na alta fidelidade para uso doméstico, Cabasse trabalhou para oferecer soluções em aplicações profissionais, corporativos e militares.

Em 1998, Cabasse equipa o parta aviões Charles-de-Gualle: O rendimento acústico máximo é atingido por emissores (sonofletores) fornecendo 117dB.





Cabasse sonoriza também a prefeitura de Paris, a catedral de Chartres, o Opéra Comique de Paris, e o palácio de rei de Marrocos.

Em 2002, a empresa colabora com Renault para equipar o carro Vel Satis com suas caixas acústicas embarcadas.

Histórico, desenvolvimento técnico, marcas importantes e avanços verificados pelas indústrias.

Algumas referências e "milestones".

1925 - O documento de pesquisa e patente de Chester W. Rice & Edward W. Kellogg na General Electric estabelece os princípios fundamentais do altofalante de "radição direta" utilizando uma bobina ligada a um cone montado em um gabinete, que desempenha de forma linear as frequencias médias. Edward Wente, nos laboratórios Bell, do seu lado, propõe princípios semelhantes. A patente Rice-Kellogg publica também a concepção de um amplificador pensado para "alimentar" os alto falantes. Rm 1926, desenvolve a proposta industrialmente, para os rádios da marca RADIOLA.

1926, o sistema Vitaphone utiliza para o cinema um novo alto falante, desenvolvido pelos laboratórios Bell. Wente e Duras desenham o Western Electric 555-W acoplado a um labirinto que reproduz a faixa entre 100 Hz e 5000 Hz, alimentado pelo amplificador 205D, de 10 watts.

Western Electric 555-W

Em 1928, a patente do alto falante coaxial é apresentada por Herman J. Fanger, reconhecida em 1933, composto por um pequeno alto falante de agudos, incluindo seu próprio diafragma inserido (ou soilidário) ao cone principal reprodutor dos sons graves.

Patente Thuras bass-reflex

1930 - Albert L. Thuras, registra uma patente, reconhecida em 1932 pelo princípio "bass-reflex"(acima) . Até então as caixas acústicas eram desenhadas com um gabinete aberto na parte traseira, para liberar as freqüências graves.

1931 - Os laboratórios Bell desenvolvem uma caixa acústica de duas vias. As altas frequencias são reproduzidos por uma unidade que trata desde 3 mil a 13 mil Hertz, e os graves por um alto falante de 12 polegadas de diâmetro capaz de reproduzir frequencias desde 50 até 10 mil Hz com linearidade que não ultrapassa uma gama de variações de 5 dB. Em 1933, uma caixa de 3 vias é desenvolvida para o "Constitution Hall" (sala de espetáculos). Este sistema para salas de cinema é conhecido como sistema de faixa ampla (Full range).

1933 - Na primavera deste ano, no Constitution Hall em Washington, uma demonstração é feita diante o National Academy of Sciences de um sistema chamado "Stereophonic" pela sua capacidade de dar a sensação de espacialidade. Neste evento, uma transmissão à cabo é feita a partir da academia de música na Filadelfia, 3 canais (esquerda, direita e central) na cena do evento musical, e na outra ponta, no Constitution Hall, alto falantes dispostos de forma similar.

1935 - Douglas Shearer e John Hilliard da MGM, desenvolvem um sistema padronizado que faz a sua primeira aparição no Lowes Capitol Theater de 5 mil assentos na Broadway. James Lansing e John Blackburn da da Cal Tech estudam um sistema de duas vias onde o alto falante de agudos utiliza um diafragma de 3 polegadas. Os graves são reproduzidos por um alto falante de 15 polegadas

Voice of the Theater

1940 - Paul W. Klipsch registra uma patente de uma corneta oficializada em 1943.

1941 - nasce a Altec Lansing Corp. fundada em 1938 por M. Conroe et George Carrington. John Hilliard coloca no mercado um famoso sistema de duas vias chamado Voice of the Theater.

1949 - W. E. Kock & F. K. Harvey nos Bell Labs desenvolvem a "lente acústica" utilisada em seguida por James B. Lansing nas suas caixas acústicas para cinema e hifi de uso doméstico.

Tweeter à dome AR-3

1954 - Acoustic Research introduz no mercado a pequena caixa acústica bookshelf conhecida como AR-1 e que utiliza o princípio de baffle infinito. A caixa AR-1 é seguida pelos modelos AR-2 e AR-3, quando em 1958 inauguram o tweeter a domo

Walker's ESL, Quad

1957 - Quad comercializa o modelo ESL 57 na Grã Bretanha

1974 - O filme Terremoto, no Chinese Theater é o primeiro filme que utiliza o som Surround chamado na época de Sensurround e desenvolvido por W. O. Watson et Richard Stumpf da Universal : 4 grandes cornetas de graves são montados abaixo da tela e dois outros em cada canto da sala de cinema. o modelo W tem 8 pés de comprimento, 4 de largura, e 4 de profundidade.

Sensurround

1982 - Return of the Jedi é o primeiro filme projetado em THX, concebido por George Lucas & Tomlinson Holman; le THX é um sistema completo, ajustado para cada sala, incluindo uma disposição precisa de cada caixa acústica, de um filtro ativo e de um protocolo de ajustes.

MT30, nova linha de caixas acústicas Cabasse.

Cabasse Alderney, nova caixa Torre.
(novidade nas caixas torre da linha MT30, base e spikes inclusos)

A linha MT3, básica da Cabasse, tem o seu look re-desenhado e ganha um novo modelo: Cabasse Alderney. Esté é o modelo de maior porte da nova linha que tem uma nova nomeclatura: Cabasse MT30. Cabasse Alderney é uma caixa torre de 3 vias e 4 alto falantes. Como a maioria das caixas acústicas da marca, ete modelo tem um bom rendimento com seus 90dB; apesar das dimensões modestas de seus alto falantes. Dois woofers de 17 cm, um médio de 12 cm, e um dome tweeter. A resposta de frequencia divulgada pela Cabasse tem uma extensão de 59 a 23.000 Hz, com limite de atenuação em -6dB; medição feita em campo aberto.

Com a chegada desta nova caixa acústica, Cabasse re-desenha toda a linha com nova fachada, mais moderna, linhas mais retas e um novo sistema de fixação da tela (magnético). Os acabamentos oferecidos se mantém; Cherry e Wengé.

A nova gama MT30 se compõe de 7 produtos:

Bookshelf: Antigua
Torre: Tobago, Jersey e Alderney
Surround: Pico
Central: Socoa
Sub: Orion

Os produtos são anunciados no mercado na França disponíveis em outubro.
(Texto e imagem transcritos do website cinenow.com)

Cabasse vintage e seus componentes.

Cabasse Egea 500

Cabasse BC12, utlizado na linha 500 em versões Bookshelf e Torre.

Alto falante de graves 21M18, utilizado na linha 500.

Já fazem dez anos que a Cabasse apresentou seus produtos no Brasil. Na época as linhas de produtos se organizavam em categorias distintas:

Linha 300 e 400
Foram comercializados no Brasil os seguintes modelos:

Goelette 300 (Bookshelf)
Jonque 300 (Torre)
Farella 400 (Torre)

Linha 500
Goelette 500 (Bookshelf 3 vias)
Egea 500 (Torre, 3 vias)
Iroise 500 (Torre, 3 vias + 1)

Linha Home Cinema
Stromboli (Subwoofer)
Fastnet (Central)

Como fabricante de caixas acústicas e licenciado para desenvolver produtos no Brasil com drivers Cabasse, foram desenvolvidos novos produtos esclusivos para o mercado brasileiro. Oportunamente será divulgada a história do desenvolvimento de produtos fruto deste acordo iniciado em 1998.

La Sphère; um conceito único no mundo

Cabasse La Sphère, objeto de pesquisas e patentes.

Hmaied Shaiek, pesquisador.

(transcrição do website www.enst-bretagne.fr)

Minimizar distorções

Estabelecida desde 2003, no polo tecnológico Brest-Iroise, a Cabasse procurou as competências de Hmaied Shaiek, um tunisiano doutorando no departamento Sinal e Comunicações, departamento do ENSTB* (Escola Nacional Superior de Telecomunicações Bretagne). Como parte de sua tese, ele fez um trabalho importante em módulos digitais que permitem compensar os defeitos residuais do local de escuta e otimizar a resposta acústica das caixas. "Eu trabalhei com a filtragem da Sphère no domínio digital", explica Hmaied Shaiek. O objetivo era o de conseguir separar cada via, enviando a cada um dos quatro alto falantes a faixa de frequência que é capaz de restituir a informação sonora com o mínimo de distorção, e corrigir eventuais irregularidades na curva de resposta da caixa acústica." Com a ajuda de Jean-Marc Boucher, um professor do ENSTB, Bernard Debail, o engenheiro acústico da Cabasse e Pierre-Yves Diquélou o principal gerente de produtos da Cabasse, outro desafio do pesquisador foi a de conseguir um melhor controle sobre a diretividade dos alto falantes para obter uma melhor coerência entre som direto e o som refletido. Comsistema convencional, de 70 a 80% dos sons emitidos pelos alto falantes são de fato, refletidos pela sala de audição e seus móveis, o que prejudica consideravelmente a qualidade da escuta.

*Atual Telecom-Bretagne

Minimiser les distorsions

Implantée depuis 2003 sur le technopôle Brest-Iroise, la société Cabasse a fait appel aux compétences d'Hmaied Shaiek, un doctorant tunisien du département Signal et communications de l'ENSTB. Dans le cadre de sa thèse, il a réalisé un important travail sur les modules de correction numérique qui permettent de compenser les défauts résiduels de l'enceinte et d'optimiser sa réponse acoustique. « J'ai travaillé sur le filtrage numérique de la Sphère, explique Hmaied Shaiek. L'objectif était de parvenir à séparer les voix, en envoyant vers chacun des quatre haut-parleurs la bande de fréquence qu'il est capable de restituer avec le minimum de distorsion, puis de corriger les éventuelles irrégularités au niveau de la courbe de réponse de l'enceinte. » Avec l'aide de Jean-Marc Boucher, professeur à l'ENSTB, Bernard Debail, l'ingénieur acousticien de chez Cabasse et Pierre-Yves Diquélou le chef produit de la société, l'autre défi du chercheur fut de parvenir à mieux maîtriser la directivité des haut-parleurs pour obtenir une cohérence plus grande entre sons directs et sons réfléchis. Avec une chaîne stéréo classique, 70 à 80% des sons émis par les haut-parleurs sont en effet réfléchis par la pièce et ses meubles, ce qui nuit considérablement à la qualité d'écoute.