terça-feira, 4 de novembro de 2008

Preâmbulo sobre tecnologia aplicada em cinema e música

Design e Tecnologia

Tradição no high end.

No Cinema desde os primórdios do CinemaScope.

Cabasse na sala de cinema: Grand Rex em Paris, 2750 lugares


Som e imagens reproduzidos na sua casa a partir de uma mídia tem no backstage a tecnologia. Esta mesma tecnologia é utilizada como ferramenta pelos especialistas em tornar coerente e competente um evento áudio visual tal como é reconhecido nos dias de hoje, desde o surgimento das técnicas de gravação de som e imagem.


A expressão "áudio visual" é muito abrangente e neste caso ela está relacionada com desempenho técnico associado com percepção e estilo de vida. O estilo de vida, relacionados com cultura a cada comunidade suas raízes e características próprias.

Considerando o atual avanço da tecnologia que trata do registro, armazenamento de difusão de programas de áudio e vídeo, é pertinente considerar aspectos que relacionam cultura à tecnologia e todo o histórico do desenvolvimento técnico.

Como este espaço tem uma dedicação clara em áudio, alguns fundamentos básicos são apresentados neste preâmbulo.

1- Intensidade e potência sonora de instrumentos musicais.
2- Fonte sonora isotrópica.
3- A escala musical dinâmica.


Técnicas de demonstração.

São consequentes do perfil da empresa e da capacitação da equipe constantemente em desenvolvimento. Neste módulo se formata o objetivo final do treinamento estabelecendo uma base para acompanhamento e re-ciclagem garantindo os objetivos traçados como capacitação contínua. É muito importante identificar os aspectos práticos adquiridos e os que devem ser desenvolvidos nesta sessão do treinamento.
C-1 O conteúdo de uma demonstração; o ambiente, o ritual, as mídias, o timing cada qual é considerado como parte de um roteiro.
C-2 O exercício da demonstração como experiência prática.
C-3 O fechamento do treinamento como primeira fase, técnicas de acompanhamento e consultoria via web (por parte de SD) e métodos de avaliação dos conhecimentos adquiridos.

Desempenho das caixas acústicas

B-1 As referências em qualidade sonora associadas ao hardware, conteúdo e orçamento. Como identifica-las? O som é uma questão de gosto? Qual o papel do design na escolha do cliente?
B-2 Sobre os conhecimentos técnicos como parâmetro básico prevendo antecipadamente os resultados de uma proposta adequada; como se definem?
B-3 As limitações e possibilidades no desenho de um sistema em função do local de instalação, decoração,automação e orçamentos; como definir para uma operação comercial, modelos práticos?


Expectativas na busca de produtos e serviços

A-2.1 Quais são os momentos da decisão de compra os parâmetros que movimentam o cliente?
A-2.2 Como definir o atendimento como sendo adequado às expectativas?
A-2.3 Como reconhecer a percepção do cliente quanto às possibilidades de desenvolvimento comercial identificados pelo vendedor?


Formas, funções, aplicações e identidade.

Um parâmetro muito importante na concepção da caixa acústica é reconhecer que sua função está diretamente relacionada a arquitetura e características técnicas do alto falante. Uma caixa acústica "viabiliza" o alto falante; jamais o contrário. O alto falante em si foi desenhado para desempenhar de forma semelhante (análoga) aos instrumentos musicais cujas vibrações movimentam partículas do ar. O formato do conjunto (alto falante + caixa acústica) está relacionado com desempenho e neutralidade.

A função relacionada com neutralidade

Diferente dos instrumentos musicais que tem na sua identidade sonora, determinado timbre; o alto falante prima pela neutralidade. O seu desempenho está relacionado de forma "passiva" ao instrumento musical. A caixa acústica repete a informação sonora como sendo a sua verdadeira função, sem agregar ou subtrair informações sonoras.

As formas relacionadas com histórico e estilo

Em dois grandes grupos podemos distinguir as formas de caixas acústicas. Como qualquer produto industrializado ou fabricado em pequena escala, as caixas acústicas seguem o critério tradicional: clássico, (ou tradicional) e moderno (ou re-desenhado, Design). As formas clássicas em caixas acústicas defendem a tradição iniciada nos anos sessenta. A Alta fidelidade. Duas formas caraterizam claramente o que pode ser identificado como um clássico:
Bookshelf (de prateleira) e Torre (Floordstanding, sobre o chão). Estas duas formas hoje remontam à tradição das caixas acústicas Hi-Fi.

Exemplos práticos

Abaixo estão 3 exemplos que respondem aos estilos e formas que podem ser reconhecidos como "clássicos". As formas e desenhos (exceto a última foto que ilustra um subwoofer) lembram e remontam aos anos sessenta. Estas formas desde o advento da stereofonia fazem destes produtos uma referência na mente dos consumidores. Como característica principal, os dois primeiros modelos retratam respectivamente duas soluções:

O modelo torre que atende grandes ambientes, acima de 25 metros quadrados de área.
O modelo bookshelf, que atente ambientes menores, ou soluções de mais baixo custo.

O subwoofer, desenhado originalmente no final dos anos setenta, para reproduzir áudio para trilhas sonoras de filmes, vem complementar os dois modelos anteriores.

Onde está a Cabasse e seu papel na tecnologia? Ora...no cinema!!!

Definitivamente a idéia de dissociar áudio de vídeo está na cabeça de alguns audiófilos (o que é isso? audiófilo???) que pretendem substituir a imagem por imaginação. Vivemos um mundo de imagem desde a pré-história. Antes mesmo da escrita, vivemos uma realidade bi-dimendional. Nas grutas de Lascaux, foram traçadas as primeiras expressões em imagens talhadas na pedra.

Minha opinião

Goerges Cabasse, fundador da empresa, no início da carreira, como assistente de áudio do realizador e diretor de cinema René Clair faz suas primeiras incursões como técnico à serviço dos artistas. Amante de música clássica, Georges não é audiófilo; portanto esta é a melhor das premissas para compreender que a arte da música não implica em idéias pré-concebidas por técnicos que quase vestem uma camisa de força para explicar de outra forma (enganosa) a sua paixão por máquinas e equipamentos; com poucas exeções e com orçamentos modestos (abaixo de USD 60 mil) se consegue um excelente desempenho em áudio.
Acima deste valor é luxo.


Aderir ao mundo atual é reconhecer que os artistas, desde o começo do século 20 apreciam e entendem música como jamais foi feito antes da chegada dos gravadores e reprodutores da mensagem sonora, isto é no começo do século 20.


Cabasse no cinema. Construção da Géode

A Géode se constitue de um imóvel separado atrás da Cidade das sciencias e da indústria. Cité des sciences et de l'industrie. ë uma esfera de 36 metros de diâmetro, composta de 6 433 triângulos esféricos equilaterais (triangles sphériques ) em aço, que refletem a luz quase da mesma maneira que um espelho. Sua construção e implementação custaram 130 milhões de francos (em torno de 26 milhões de Euros).


Sala de cinema La Géode

Os filmes são projetados no formato IMAX sobre uma tela hemisférica gigante de 26 m de diâmetro e de 1.000 m2 de superfície. A Géode foi sonorizada por Cabasse e conta com doze pontos de difusão do som, e mais quatro alto falantes de sub-graves (subwoofer) de 55 cm de diâmetro; ao total um sistema de 21.000 watts de potência. Os filmes projetados duram aproximadamente uma hora.


Projetos específicos

Além da sua atividade na alta fidelidade para uso doméstico, Cabasse trabalhou para oferecer soluções em aplicações profissionais, corporativos e militares.

Em 1998, Cabasse equipa o parta aviões Charles-de-Gualle: O rendimento acústico máximo é atingido por emissores (sonofletores) fornecendo 117dB.





Cabasse sonoriza também a prefeitura de Paris, a catedral de Chartres, o Opéra Comique de Paris, e o palácio de rei de Marrocos.

Em 2002, a empresa colabora com Renault para equipar o carro Vel Satis com suas caixas acústicas embarcadas.






Histórico, desenvolvimento técnico, marcas importantes e avanços verificados pelas indústrias.

Algumas referências e "milestones".

1925 - O documento de pesquisa e patente de Chester W. Rice & Edward W. Kellogg na General Electric estabelece os princípios fundamentais do altofalante de "radição direta" utilizando uma bobina ligada a um cone montado em um gabinete, que desempenha de forma linear as frequencias médias. Edward Wente, nos laboratórios Bell, do seu lado, propõe princípios semelhantes. A patente Rice-Kellogg publica também a concepção de um amplificador pensado para "alimentar" os alto falantes. Rm 1926, desenvolve a proposta industrialmente, para os rádios da marca RADIOLA.

1926, o sistema Vitaphone utiliza para o cinema um novo alto falante, desenvolvido pelos laboratórios Bell. Wente e Duras desenham o Western Electric 555-W acoplado a um labirinto que reproduz a faixa entre 100 Hz e 5000 Hz, alimentado pelo amplificador 205D, de 10 watts.


Western Electric 555-W


Em 1928, a patente do alto falante coaxial é apresentada por Herman J. Fanger, reconhecida em 1933, composto por um pequeno alto falante de agudos, incluindo seu próprio diafragma inserido (ou soilidário) ao cone principal reprodutor dos sons graves.


Patente Thuras bass-reflex


1930 - Albert L. Thuras, registra uma patente, reconhecida em 1932 pelo princípio "bass-reflex"(acima) . Até então as caixas acústicas eram desenhadas com um gabinete aberto na parte traseira, para liberar as freqüências graves.

1931 - Os laboratórios Bell desenvolvem uma caixa acústica de duas vias. As altas frequencias são reproduzidos por uma unidade que trata desde 3 mil a 13 mil Hertz, e os graves por um alto falante de 12 polegadas de diâmetro capaz de reproduzir frequencias desde 50 até 10 mil Hz com linearidade que não ultrapassa uma gama de variações de 5 dB. Em 1933, uma caixa de 3 vias é desenvolvida para o "Constitution Hall" (sala de espetáculos). Este sistema para salas de cinema é conhecido como sistema de faixa ampla (Full range).

1933 - Na primavera deste ano, no Constitution Hall em Washington, uma demonstração é feita diante o National Academy of Sciences de um sistema chamado "Stereophonic" pela sua capacidade de dar a sensação de espacialidade. Neste evento, uma transmissão à cabo é feita a partir da academia de música na Filadelfia, 3 canais (esquerda, direita e central) na cena do evento musical, e na outra ponta, no Constitution Hall, alto falantes dispostos de forma similar.

1935 - Douglas Shearer e John Hilliard da MGM, desenvolvem um sistema padronizado que faz a sua primeira aparição no Lowes Capitol Theater de 5 mil assentos na Broadway. James Lansing e John Blackburn da da Cal Tech estudam um sistema de duas vias onde o alto falante de agudos utiliza um diafragma de 3 polegadas. Os graves são reproduzidos por um alto falante de 15 polegadas


Voice of the Theater

1940 - Paul W. Klipsch registra uma patente de uma corneta oficializada em 1943.

1941 - nasce a Altec Lansing Corp. fundada em 1938 por M. Conroe et George Carrington. John Hilliard coloca no mercado um famoso sistema de duas vias chamado Voice of the Theater.

1949 - W. E. Kock & F. K. Harvey nos Bell Labs desenvolvem a "lente acústica" utilisada em seguida por James B. Lansing nas suas caixas acústicas para cinema e hifi de uso doméstico.

Tweeter à dome AR-3

1954 - Acoustic Research introduz no mercado a pequena caixa acústica bookshelf conhecida como AR-1 e que utiliza o princípio de baffle infinito. A caixa AR-1 é seguida pelos modelos AR-2 e AR-3, quando em 1958 inauguram o tweeter a domo

Walker's ESL, Quad

1957 - Quad comercializa o modelo ESL 57 na Grã Bretanha

1974 - O filme Terremoto, no Chinese Theater é o primeiro filme que utiliza o som Surround chamado na época de Sensurround e desenvolvido por W. O. Watson et Richard Stumpf da Universal : 4 grandes cornetas de graves são montados abaixo da tela e dois outros em cada canto da sala de cinema. o modelo W tem 8 pés de comprimento, 4 de largura, e 4 de profundidade.

Sensurround

1982 - Return of the Jedi é o primeiro filme projetado em THX, concebido por George Lucas & Tomlinson Holman; le THX é um sistema completo, ajustado para cada sala, incluindo uma disposição precisa de cada caixa acústica, de um filtro ativo e de um protocolo de ajustes.



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Cabasse no Brasil

Cabasse na França é uma tradição. Assim como Jaguar, Rolls e Land Rover (para falar nos ingleses) no mundo dos automóveis são marcas tradicionais e tem identidades muito bem definidas; assim é Cabasse em caixas acústicas. Empresa de médio porte com DNA muito forte desde os anos 50 até hoje e sempre. Cabasse até há poucos anos atrás, não se incomodava em oferecer garantia vitalícia para o primeiro comprador. Hoje, e em abril de 2008 Cabasse marca seus 50 anos a partir da primeira apresentação pública em Paris 1958. No Brasil (Hoje representada pela DISAC) a Cabasse está de cara nova, fruto de investimentos e persistência que renderam grande prestígio em mais de 30 países.

Sejam bem vindos e colaborem.


A Cabasse e seus fãs no Brasil agradecem!

Mais informações

No site oficial da Cabasse, saba mais sobre os produtos em linha:
www.cabasse.com